quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Curiosidades sobre o Handebol

Curiosidades

  • O Brasil nunca ganhou uma medalha olímpica no Handebol.
  • O esporte é praticado por cerca de 33 milhões de atletas em 185 países.
  • A maior goleada num jogo oficial de Handebol ocorreu no ano de 1981. Na ocasião, a seleção soviética venceu a afegã pelo impressionante placar de 86 a 2.
  • A França é o principal destaque no Handebol masculino, pois ganhou medalhas de outro nas Olimpíadas de 2008 (Pequim) e 2012 (Londres). Já no Handebol feminino, o grande destaque da atualidade é a seleção dinamarquesa que ganhou medalhas de ouro nestas duas últimas Olimpíadas.
  • Talant Duyshebaev é o unico jogador de Handebol a conquistar medalhas olímpicas por dois países. Nascido no Quirguistão, Talant ganhou medalha de ouro nas Olimpíadas de 1992, jogando pela equipe da CEI (Comunidade dos Estados Independentes). Após assumir a nacionalidade espanhola, conquistou medalhas de bronze nos Jogos Olímpicos de 1996 e 2000, jogando pela Espanha.
  • O jogador que mais marcou gols numa partida de Handebol foi Zoran Mikulic. O croata marcou 21 gols numa partida disputada em Guadalajara (México).
  • No handebol, ao contrário do futebol, um jogador destro prefere jogar pela esquerda, e um jogador canhoto prefere atuar pela direita. É porque assim seu braço de arremesso ficará pelo lado de dentro da quadra, e por isso com maior ângulo para o tiro ao gol.
  • Os atletas utilizam uma cola especial nas mãos para ter um contato mais firme com a bola. É por isso que as bolas de handebol sempre parecem sujas.
  • O handebol pode ser jogado de três maneiras: indoor, o mais praticado no Brasil; outdoor (ou de campo) e o de praia(beach handball). O esporte disputado em uma quadra ou ginásio é o único considerado como modalidade olímpica. No outdoor, praticado em campos ao ar livre, são 11 jogadores de cada lado. Já as equipes do handebol de praia jogam com apenas quatro atletas, entre eles o goleiro.
  • A Rússia ganhou a medalha de ouro quatro vezes, mas com três nomes diferentes. A primeira e a segunda conquista, em 1976 e em 1988, ainda foram obtidas como União Soviética. Em 1992, era a Equipe Unificada. E, em 2000,  foi a Rússia que venceu.
  • No masculino, a Suécia é o único time a ir três vezes consecutiva para a final. Porém, a equipe nunca obteve o ouro.
  • Diferentemente da seleção sueca masculina, a seleção feminina da Dinamarca foi a três finais consecutiva, só que venceu todas as disputas.
  • Tanto no masculino quanto no feminino, apenas um país quebrou a hegemonia européia no handebol das Olimpíadas. Foi a seleção feminina da Coréia do Sul, bicampeã em 1988 e 1992.
  • Visto como um esporte violento, devido ao grande número de contatos físicos, a maioria dos jogadores não se lesiona por causa de choques, encontrões e trombadas. A maior inimiga dos atletas nesse esporte é a bola. Alguns arremessos podem alcançar uma velocidade de mais de 80 km/h e a uma distância do goleiro que pode ser menor de sete metros.

Regras Do Handebol

Regras

A QUADRA DE JOGO 
  • A quadra de jogo é um retângulo com de 40 metros de comprimento e 20 metros de largura. Consiste em duas áreas de gol e uma área de jogo. Os lados maiores são chamados de linhas laterais e os lados menores são chamados de linhas de gol (entre os postes da baliza) ou linhas de fundo (em ambos os lados da baliza). Deveria haver uma zona de segurança ao redor da quadra de jogo, com largura mínima de 1 metro ao longo das linhas laterais e 2 metros atrás das linhas de fundo.
As características da quadra de jogo não devem ser alteradas durante o jogo de forma tal que somente uma equipe ganhe alguma vantagem.

  • A baliza é colocada no centro de cada linha de fundo. As balizas devem estar firmemente fixadas ao solo ou às paredes atrás delas. Suas medidas interiores são de 2 metros de altura e de 3 metros de largura. 
  • Os postes das balizas são unidos por um travessão. As faces posteriores dos postes devem estar alinhadas com o lado posterior da linha de gol. Os postes e o travessão devem ter uma secção quadrada de 8 cm. As três faces visíveis da quadra devem ser pintadas com faixas alternadas em duas cores contrastantes que, por sua vez, contrastem claramente com o fundo da quadra.
  • As balizas devem ter uma rede, que deve ser fixada de modo que a bola arremessada para dentro da baliza fique dentro dela naturalmente.
  • Todas as linhas da quadra fazem parte da superfície que elas delimitam. As linhas de gol devem ter 8 cm de largura entre os postes, enquanto todas as outras linhas medirão 5 cm de largura.
    As linhas entre duas áreas adjacentes podem ser trocadas por uma pintura completa da área que elas delimitam, usando para isto, cores diferentes.
  •  Em frente de cada baliza, há uma área de gol. A área de gol  é definida por uma linha de área de gol (linha de 6 metros), marcada  como segue:
    a) uma linha de 3 metros diretamente em frente à baliza; esta linha é paralela à linha de gol e está a 6 metros de distância (medidos desde a face posterior da linha de gol até  a face anterior da linha da área de gol);
    b) dois quartos de círculo, cada qual com um raio de 6 metros (medidos desde o ângulo interno posterior de cada poste da baliza), conectando aquela linha de três metros de comprimento com a linha de fundo.
  • A linha de tiro livre (linha de 9 metros) é uma linha tracejada a 3 metros de distancia da linha da área de gol. Ambos os seguimentos da linha e os espaços entre eles medem 15 cm. 
  • A linha de 7 metros é uma linha com 1 metro de comprimento, marcada diretamente em frente a baliza. Ela é paralela a linha de gol, a uma distância de 7 metros (medidos desde a face posterior da linha de gol até a face anterior da linha de 7 metros);
  • A linha de limitação do goleiro (linha de 4 metros) é uma linha de anterior da linha de 15 cm de comprimento, marcada diretamente a frente de cada baliza. Ela é paralela à linha de gol, a uma distância de 4 metros (medidos desde a face posterior da linha de gol até a face anterior da linha de 4 metros); 
  • A linha central une os pontos centrais das duas linhas laterais.
  • A zona de substituição (um segmento da linha lateral), se estende a uma distância de 4,5 metros da linha central para cada equipe. Este ponto final da zona de substituição é prolongado por uma linha paralela a linha central, e estende-se 15 cm dentro da quadra e 15 cm para fora.
A DURAÇÃO DA PARTIDA, O SINAL DE TÉRMINO E O TIME-OUT

A Duração da Partida
  • A duração normal de uma partida para todas as equipes com jogadores de idade igual ou acima de 17 anos é de 2 tempos de 30 minutos. O intervalo de jogo é normalmente de 10 minutos. O intervalo de jogo para Campeonatos Mundiais deverá ser de 15 minutos. A duração normal da partida para equipes de adolescentes com idade entre 12 e 16 anos e de 2 x 25 minutos, e no grupo de idade entre 8 e 12 anos o tempo é de 2 x 20 minutos. Em ambos os casos, o intervalo de jogo é de, normalmente, 10 minutos. 
  • Uma prorrogação (tempo extra) será jogada após 5 minutos de intervalo, caso uma partida acabar empatada e um vencedor tenha que ser determinado. A prorrogação consiste de 2 períodos de 5 minutos, com um intervalo de 1 minuto. Se a partida continuar empatada depois do primeiro tempo extra, um segundo tempo extra será jogado após um intervalo de 5 minutos. Este segundo tempo extra também tem dois períodos de 5 minutos com intervalo de 1 minuto. Se a partida continuar empatada, o vencedor será determinado de acordo com o regulamento particular da competição. No caso em que a decisão for usar o tiro de 7 metros como desempate para conhecer o vencedor, os procedimentos indicados a seguir devem ser seguidos.


Sinal de Término

  • O tempo de jogo começa com o apito do árbitro autorizando o tiro de saída inicial. O tempo de jogo acaba com o sinal de término automático do placar ou do cronometrista. Se o sinal sonoro não soar, os árbitros apitam para indicar que o tempo de jogo terminou.
  • As infrações e atitudes anti-desportivas que acontecerem antes ou simultaneamente ao sinal de término (seja no intervalo, final de jogo e também no período extra) também serão punidas, se o resultado do tiro livre ou tiro de 7 metros não pode ser executado até o final do sinal. 
  • Similarmente, o tiro deve ser recobrado, se o sinal de término (seja no intervalo, final de jogo e também no período extra) soar precisamente quando um tiro livre ou tiro de 7 metros estiver sendo executado ou quando a bola já estiver no ar.
  • Em ambos os casos, os árbitros somente finalizam o jogo depois que o tiro livre ou tiro de 7 metros tenha sido cobrado (ou recobrado) e o seu resultado imediato tenha sido estabelecido. 
  • Durante os tiros livres cobrados (ou recobrados), se aplicam algumas restrições especiais com relação as posições dos jogadores e substituições. Como uma exceção na flexibilidade normal para as substituições, a única substituição de jogador permitida será para um jogador da equipe atacante. As violações serão penalizadas. Além do mais, todos os companheiros do executante devem estar posicionados a pelo menos 3 metros de distância dele, além de se posicionarem do lado de fora da linha de tiro livre da equipe adversária.
  • Os jogadores e os oficiais de equipe são passíveis de receber punições disciplinares pelas infrações ou condutas anti-desportivas que acontecerem durante a execução de um tiro livre ou tiro de 7 metros. Uma infração cometida durante de tais tiros não pode, contudo, implicar um tiro livre contra.
  • Se os árbitros determinam que o cronometrista apitou o sinal de término (para o intervalo, final de jogo ou período extra) muito cedo, eles devem manter os jogadores na quadra e jogar o tempo restante. A equipe que estava com a posse de bola no momento do sinal prematuro permanecerá com a posse quando o jogo recomeçar. Se a bola estava fora de jogo, então o jogo será recomeçado com o tiro respectivo à situação. Se a bola estava em jogo, então a partida será reiniciada com um tiro livre. Se o primeiro período de jogo (ou período extra) for terminado muito tarde, o segundo período deve ser encurtado correspondentemente. Se o segundo período da partida (ou período extra) terminou muito tarde, então os árbitros não estão em condições de mudar mais nada.


Time-out
  • Um time-out é obrigatório quando:
a) uma exclusão por 2 minutos ou uma desqualificação for aplicada;
b) um tempo técnico for concedido;
c) houver um sinal de apito do cronometrista ou do Delegado técnico;
d) consultas entre os árbitros forem necessárias. 

 Em princípio, os árbitros decidem quando o cronômetro será parado e iniciado em conexão com um  time-out. A interrupção do tempo de jogo será indicada ao cronometrista através de três apitos curtos e o gesto manual nº 15. Contudo,  no caso de time-out obrigatórios, onde o jogo foi interrompido por um apito do cronometrista ou Delegado, o cronometrista deve parar o cronômetro oficial imediatamente, sem esperar a confirmação dos árbitros. O apito sempre deve soar para indicar o reinício do jogo após um time-out.
Cada equipe tem o direito de receber um máximo de três tempos técnicos de 1 minuto. Em cada período de tempo de uma partida regular, cada equipe te o direito de receber um máximo de dois (1-minuto) tempos técnicos. As equipes não tem direito de receber tempo técnico nos períodos extras.
 A BOLA 
  • A bola é feita de couro ou material sintético. Ela deve ser esférica. Sua superfície não pode ser brilhante nem escorregadia.
  • As medidas da bola, ou seja, a circunferência e o peso, a ser utilizada pelas distintas categorias de equipes são as seguintes:
  •  58 - 60 cm e 425 - 475 g (tamanho 3 da I.H.F.), para homens e equipes juvenis masculinas (acima de 16 anos).
  •  54 - 56 cm e 325 a 375 g (tamanho 2 da I.H.F.), para mulheres, equipes juvenis femininas (acima de 14 anos) e equipes masculinas adolescentes (com idade entre 12 e 16 anos).
  • 50 - 52 cm e 290 - 330 g (tamanho 1 da I.H.F.), para equipes femininas de crianças (8 e 14 anos)  e equipes masculinas de crianças (entre 8 e 12 anos).
  • Para cada partida, deve haver pelo menos duas bolas disponíveis. As bolas reservas devem estar disponíveis na mesa de controle para uso imediato durante o jogo. As bolas devem estar de acordo com os requisitos das Regras 3:1-2  Os árbitros decidem quando usar a bola reserva. Em tais casos, os árbitros deveriam colocar a bola reserva em jogo rapidamente, para minimizar interrupções e evitar time - out.


A EQUIPE, AS SUBSTITUIÇÕES, O EQUIPAMENTO E OS JOGADORES LESIONADOS.
A Equipe
  • Uma equipe consiste em até 16 jogadores.
  • Não mais do que 7 jogadores podem estar presentes na quadra de jogo ao mesmo tempo. Os demais jogadores são suplentes.
  • Durante todo o tempo de jogo, a equipe deve ter um dos jogadores identificado como goleiro. Um jogador que estiver identificado como goleiro pode se tornar um jogador de quadra a qualquer momento (observar, contudo, Regra 8:5 Comentário, 2° parágrafo). Similarmente, um jogador de quadra pode se tornar um goleiro.
  • No início da partida, uma equipe deve ter pelo menos 5 jogadores em quadra.
  • O número de jogadores da equipe pode ser aumentado até 14 em qualquer momento durante a partida, incluindo o período extra.
  • A partida pode continuar mesmo se uma equipe ficar reduzida a menos de 5 jogadores na quadra. Depende dos árbitros julgarem se e quando uma partida deveria ser definitivamente suspensa.
  • À uma equipe, é permitido utilizar um máximo de 4 oficiais de equipe em uma partida. Estes oficiais de equipe não podem ser substituídos durante o curso da partida. Um deles deve ser designado como “oficial responsável pela equipe”. Somente este oficial tem permissão para se dirigir ao secretário/cronometrista e, possivelmente, aos árbitros (ver, contudo, Esclarecimento nº 3: Tempo Técnico).
  • Normalmente, um oficial de equipe não tem permissão para entrar na quadra durante a partida. Uma violação a esta regra será penalizada como conduta anti-desportiva. A partida será reiniciada com um tiro livre para o adversário.
  • Uma vez que a partida começou, o “oficial responsável  pela equipe” deve assegurar-se que, na zona de substituição nenhuma outra pessoa além dos (máximo 4) oficiais da equipe registrados e os jogadores autorizados a jogar estejam presentes nessa área. Uma infração a esta regra implica uma punição progressiva para o “oficial responsável pela equipe”.  
  • Um jogador ou oficial de equipe está autorizado a participar se ele estiver presente no início da partida e estiver inscrito na súmula de jogo.
  • Os jogadores e oficiais de equipe que chegarem depois da partida ter sido iniciada devem obter a sua autorização para participar com o secretário/cronometrista e devem ser inscritos na súmula. 
  • Um jogador autorizado a participar pode, em princípio, entrar na quadra através da zona de substituição da sua própria equipe a qualquer momento.
  • O “oficial responsável pela equipe” deve se assegurar que somente os jogadores que estão autorizados a jogar entrem na quadra. Uma violação será penalizada como conduta anti-desportiva cometida pelo “oficial responsável pela equipe”.

Substituições de jogadores
  • Os jogadores suplentes podem entrar na quadra a qualquer momento e repetidamente, sem avisar o secretário/cronometrista, desde que os jogadores que eles vão substituir já tenham saído da quadra. 
  • Os jogadores envolvidos na substituição, devem sempre sair e entrar na quadra através da sua própria zona de substituição. Estas prerrogativas também se aplicam para a substituição dos goleiros.
  • As regras de substituições também se aplicam durante um time-out (exceto durante um tempo técnico ).
  • Uma falta de substituição deverá ser penalizada com uma exclusão de 2 minutos para o jogador infrator. Se mais de um jogador da mesma equipe cometer uma falta de substituição na mesma situação, somente o primeiro jogador que cometeu a infração será penalizado. 
  • A partida será reiniciada com um tiro livre para os adversários.
  • Se um jogador adicional entrar na quadra sem fazer uma substituição, ou um suplente interferir ilegalmente no jogo a partir da área de substituição, deverá haver uma exclusão de 2 minutos para tal jogador. Assim, esta equipe deve reduzir um jogador da quadra pelos próximos 2 minutos (além disso, o jogador adicional que entrou na quadra deve sair).
  • Se um jogador entrar na quadra enquanto estiver cumprindo uma exclusão de 2 minutos, ele deverá receber uma exclusão de 2 minutos adicional. Esta exclusão deve começar imediatamente, e a equipe deve ser reduzida na quadra em mais um jogador que cumprirá o tempo que faltava na primeira exclusão.
  • Em ambos os casos, a partida será reiniciada com um tiro livre para os adversários.


Equipamentos

  • Todos os jogadores de quadra de uma equipe devem vestir uniformes idênticos.  As combinações de cores e desenhos para as duas equipes devem ser claramente distinguíveis umas das outras. Todos os jogadores utilizados na posição de goleiro numa equipe devem vestir a mesma cor, uma cor que os diferenciem dos jogadores de quadra de ambas as equipes bem como do(s) goleiro(s) da equipe adversária.
  • Os jogadores devem utilizar números visíveis que meçam, pelo menos, 20 cm de altura nas costas da camisa  e pelo menos 10 cm na frente. Os números utilizados deverão ser de 1 a 99. Um jogador que está trocando sua posição entre jogador de quadra e goleiro, deve utilizar o mesmo número em ambas as posições.
  • As cores dos números devem contrastar claramente com as cores e desenhos da camisa.
  • Os jogadores devem utilizar calçados esportivos.
  • Não é permitido utilizar objetos que possam ser perigosos para os jogadores. Isto inclui, por exemplo, proteção para a cabeça, máscara no rosto, braceletes, pulseiras, relógios, anéis, piercings visíveis, colares ou gargantilhas, brincos, óculos sem tiras de sustentação ou com armação sólida ou qualquer outro objeto que possa ser perigoso. 
  • Anéis achatados, brincos pequenos e piercings visíveis podem ser autorizados, desde que sejam cobertos com uma fita, de modo que eles não sejam julgados como perigosos para os jogadores. Faixas, panos para a cabeça e braceletes de capitão são permitidos desde que sejam confeccionados com material elástico e macio.
  • Os jogadores que não cumprirem estes requisitos não estarão autorizados a participar da partida até que o problema tenha sido corrigido. 


Jogadores Lesionados
  • Um jogador que esteja sangrando ou que tenha sangue no seu corpo ou uniforme, deve sair da quadra imediatamente e voluntariamente (através de uma substituição normal), de modo a estancar o sangramento, a cobrir a ferida  e a limpar o corpo e o uniforme. O jogador não deve retornar à quadra de jogo até cumprir o estabelecido acima. 
  • Um jogador que não seguir as instruções dos árbitros relacionadas a estes aspectos, será considerado culpado de cometer conduta anti-desportiva.
  • Em caso de lesões, os árbitros podem dar autorização para que duas pessoas que estejam autorizadas a participar entrem na quadra durante um time-out, com o propósito específico de atender o jogador lesionado da sua própria equipe. 
  • Se pessoas adicionais entrarem na quadra depois que duas pessoas  tiverem entrado, incluindo aí pessoas da equipe que não foi afetada, devem ser punidas como entrada ilegal segundo as Regras no caso dos jogadores, no caso dos oficiais de equipe. Uma pessoa que foi autorizada a entrar em quadra, mas ao invés de atender o jogador lesionado, ministra instruções aos jogadores, se aproxima dos adversários ou árbitros, etc, será considerado culpado de cometer uma conduta antidesportiva.


O GOLEIRO 
É permitido:
  • Tocar a bola com qualquer parte do corpo, sempre que estiver numa tentativa de defesa, dentro de sua área de gol.
  • Mover-se com posse de bola dentro da área de gol, sem estar sujeito às restrições aplicadas aos jogadores de quadra. No entanto, o goleiro não tem permissão de atrasar a execução do tiro de meta.
  • Sair da área de gol sem a bola e participar da partida na área de jogo; ao fazê-lo, o goleiro se sujeitará às mesmas regras aplicadas aos jogadores na área de jogo.
  • Considera-se que o goleiro está fora da área de gol tão logo qualquer parte de seu corpo toque o solo pelo lado de fora da linha da área de gol.
  • Sair da área de gol com a bola, e jogá-la de novo na área de jogo, se ele não tiver o completo controle da mesma.

Não é permitido:
  • Colocar em perigo o adversário em qualquer tentativa defensiva.
  • Sair da área de gol com a bola controlada; isto implica um tiro livre, se os árbitros já haviam apitado para a execução do tiro de meta. Em outros casos, simplesmente se repete o tiro de meta.
  • Tocar a bola que está parada ou rolando no solo do lado de fora da área de gol, estando ele dentro da mesma.
  • Levar a bola para dentro da área de gol quando ela estiver parada ou rolando no solo do lado de fora da área de gol. 
  • Reentrar na área de gol vindo da área de jogo com posse de bola.
  • Tocar  a bola com o pé ou com a perna abaixo do joelho quando ela estiver movendo-se para fora em direção da área de jogo. Se a bola estiver parada já será tiro de meta (fora de jogo).
  • Cruzar a linha de limitação do goleiro (linha de 4 metros), ou sua projeção em ambos lados, antes que a bola tenha saído da mão do adversário que esteja executando um lançamento de 7 metros.


A ÁREA DE GOL 
  • Somente o goleiro tem permissão de entrar na área de gol. A área de gol, que inclui a linha da área de gol, é considerada invadida quando um jogador de quadra a toca com qualquer parte de seu corpo. 
  • Quando um jogador de quadra entrar na área de gol deve-se tomar as seguintes decisões:
a) tiro de meta, quando um jogador de quadra da equipe de posse de bola no ataque entrar na área de gol com a bola ou entrar sem a bola, mas ganhar vantagem ao fazê-lo;
b) tiro livre, quando um jogador de quadra da equipe defensora entrar na área de gol e ganhar vantagem, mas não impede uma clara chance de gol;
c) tiro de 7 metros, quando um jogador de quadra da equipe defensora entrar na área de gol e por isso impede uma clara chance de gol. Para os propósitos desta regra, o conceito “entrar na área de gol” não significa somente tocar a linha da área de gol, mas sim, pisar claramente dentro dessa área.
  • Entrar na área de gol não será penalizado quando:
a) um jogador entrar na área de gol depois de jogar a bola, desde que isto não crie uma desvantagem para os adversários;
b) um jogador de uma das equipes entrar na área de gol sem a bola e não ganhar vantagem fazendo isto.
  • Se considera que a bola “está fora de jogo” quando o goleiro a controla  dentro da área de gol. A bola deve ser colocada novamente em jogo através de um tiro de meta.
  • A bola permanece em jogo enquanto ela está rolando no solo dentro da área de gol. Ela está em posse da equipe do goleiro e somente o goleiro pode tocá-la. O goleiro pode pegá-la, o que a trará para “fora de jogo” e então, colocá-la novamente em jogo. Marcar-se-á um tiro livre se a bola for tocada por um companheiro de equipe do goleiro enquanto ela estiver rolando, no entanto, o jogo continuará com tiro de meta se ela for tocada por um adversário. 
  • A bola está fora de jogo, quando ficar parada no piso dentro da área de gol. Ela está em posse da equipe do goleiro e somente este pode tocá-la. O goleiro deve colocá-la novamente em jogo.


É permitido tocar a bola quando ela estiver no ar sobre a área de gol desde que seja feito em conformidade com as Regras 7:1 e 7:8.

  • O jogo continuará, se um jogador da equipe defensora tocar a bola em um ato defensivo, e a bola for posteriormente controlada pelo goleiro ou ficar dentro da área de gol.
  • Se um jogador lançar a bola dentro de sua própria área de gol , as decisões a tomar devem ser as seguintes:
a) gol, se a bola entrar na baliza;
b) tiro livre, se a bola ficar dentro da área de gol ou se o goleiro tocar a bola e ela não entrar na baliza;
c) tiro lateral, se a bola sair pela linha de fundo;
d) o jogo continua, se a bola passar através da área de gol e voltar para a área de jogo, sem ser tocada pelo goleiro.
  • A bola que retorna da área de gol para a área de jogo permanece em jogo.


O MANEJO DA BOLA, JOGO PASSIVO 
No Manejo da Bola é permitido:
  • Lançar, agarrar, parar, empurrar ou golpear a bola usando as mãos (abertas ou fechadas), braços, cabeça, tronco, coxas e joelhos.
  • Segurar a bola durante, no máximo 3 segundos, também quando ela estiver em contato com o solo. 
  • Dar no máximo 3 passos com a bola; Se considera dar um passo quando:  
a) um jogador que estiver parado com ambos os pés em contato com o solo, levanta um pé e o apóia novamente ou move um pé de um lugar ao outro.
b) um jogador estiver tocando o solo somente com um pé, agarra a bola e então toca o solo com o outro pé. 
c) um  jogador que estiver saltando toca o solo somente com um pé e então salta novamente sobre o mesmo pé ou toca o solo com o outro pé.
d) um jogador que estiver saltando toca o solo com ambos os pés simultaneamente e então levanta um pé e o apóia novamente ou move um pé de um lugar para outro.  

Estando parado ou correndo: 
a) quicar a bola uma vez e agarrá-la novamente com uma ou duas mãos; 
b) quicar a bola repetidamente com uma mão (drible) e então agarrá-la ou pegá-la novamente com uma ou ambas as mãos;
c) Rolar a bola sobre o solo repetidamente com uma mão e então agarrá-la ou pegá-la de novo com uma ou ambas as mãos.
  • Passar a bola de uma mão para a outra sem perder contato com ela.
  • Jogar a bola enquanto ajoelhado, sentado ou deitado no solo; isto significa que é permitido executar um tiro (por exemplo, um tiro livre) de tal posição.

No manejo da bola não é permitido:

  • Tocar a bola mais de uma vez depois que ela foi controlada, a menos que ela tenha tocado o solo, outro jogador, ou a baliza neste meio tempo; tocá-la mais de uma vez não será penalizado, se o jogador cometer uma “falha de recepção”, ou seja, falhar na tentativa de controlá-la ao tentar agarrá-la ou detê-la.
  • Tocar a bola com o pé ou com a perna abaixo do joelho, exceto quando a bola for arremessada por um adversário.
  • O jogo continua se a bola tocar num árbitro dentro da quadra.
  • Se um jogador em posse da bola se movimentar apoiando um ou ambos os pés fora da quadra (e a bola ainda estiver dentro da quadra) por exemplo para passar ao redor de um jogador defensor, será aplicado um tiro livre para o adversário.

Jogo passivo
  • Não é permitido manter a bola em posse sem realizar nenhuma tentativa reconhecível de ataque ou arremesso à baliza. Similarmente, não é permitido atrasar repetidamente a execução de um tiro de saída, tiro livre, tiro lateral ou tiro de meta de sua própria equipe (ver Esclarecimento nº 4). Esta situação é considerada como jogo passivo e deve ser penalizada com um tiro livre contra a equipe em posse de bola, a menos que a tendência ao passivo cesse. 
  • O tiro livre será executado do lugar onde a bola estava quando o jogo foi interrompido.
  • Quando se reconhece uma tendência ao jogo passivo, o gesto pré-passivo de advertência (Gesto forma nº 17) será mostrado. Isto oportunizará à equipe em posse de bola a mudança em sua maneira de atacar, para evitar a perda de posse de bola. Se o modo de atacar não mudar depois que o sinal de pré-passivo foi mostrado, ou se nenhum arremesso à baliza for realizado, então um tiro livre é ordenado contra a equipe em posse de bola (ver Esclarecimento nº 4). 
  • Em certas situações, os árbitros também podem ordenar um tiro livre contra a equipe com posse de bola sem nenhum sinal de pré-passivo, por exemplo, quando um jogador evita intencionalmente utilizar uma clara chance de marcar um gol.

O GOL

  • Um gol será marcado quando a bola ultrapassar completamente a linha de gol, desde que nenhuma infração às regras tenha sido cometida pelo arremessador ou por algum outro jogador ou oficial de sua equipe, antes ou durante o arremesso. O árbitro de gol confirma a validade do gol com dois apitos curtos.
  • Um gol deve ser validado se houver uma violação das regras por um defensor, mas mesmo assim, a bola entrar na baliza. 
  • Não se pode validar um gol se um árbitro, o cronometrista ou o Delegado interromper o jogo antes que a bola tenha cruzado completamente a linha de gol. 
  • Deve-se validar um gol para a equipe adversária se um jogador lançar a bola para dentro de sua própria baliza, exceto na situação que o goleiro esteja executando um tiro de meta.
  • Um gol que tenha sido validado não poderá ser anulado se o árbitro apitar para executar o tiro de saída.
  • Se o sinal de término soar imediatamente após se converter um gol, mas antes de que o tiro de saída possa ser executado, os árbitros devem deixar bem claro que eles validaram o gol e que o tiro de saída não será efetuado. 
  • A equipe que marcar mais gols do que o adversário é a vencedora. O jogo será considerado empatado se ambas as equipes marcarem o mesmo número de gols ou não converterem nenhum gol.


O TIRO DE SAÍDA 

  • No começo da partida, o tiro de saída é executado pela equipe que ganhou o sorteio e escolheu começar com posse de bola.  Os adversários têm, então, o direito de escolher a quadra. Alternativamente, se a equipe que ganha o sorteio preferir escolher a quadra, então a equipe adversária deverá executar o tiro de saída
  • As equipes trocam de quadra para disputar o segundo período da partida. O tiro de saída que inicia o segundo tempo é executado pela equipe que não o executou no começo da partida.
  • Antes de cada prorrogação deve-se realizar um novo sorteio, e todas as regulamentações se aplicam também às prorrogações. 
  • Depois de se converter um gol, o jogo recomeça por meio de um tiro de saída executado pela equipe que sofreu o gol.
  • O tiro de saída se executa para qualquer direção do centro da quadra de jogo (com una tolerância para os lados de aproximadamente 1,5 m.). É precedido por um apito e deve ser executado dentro dos três segundos seguintes após dito sinal. O jogador que realizar o tiro de saída deve posicionar-se com, pelo menos, um pé em contato coma linha central e o outro pé atrás dessa linha. O jogador deve permanecer nesta posição até que a bola tenha saído de sua mão.
  • Os companheiros do jogador executante não têm permissão para cruzar a linha central antes do apito.
  • Para o tiro de saída que é o começo de cada período (incluindo qualquer período das prorrogações), todos os jogadores devem se encontrar em sua própria metade da quadra.
  • No entanto, para o tiro de saída que se executa depois que um gol foi convertido, aos jogadores da equipe adversária é permitido permanecer em ambas as metades da quadra de jogo.
  • Em ambos casos, no entanto, os adversários devem estar a pelo menos 3 metros de distância do jogador  executante do tiro de saída.

O TIRO LATERAL 
  • Um tiro lateral é concedido quando a bola cruzar completamente a linha lateral, ou quando um jogador de quadra da equipe defensora foi o último a tocar a bola antes dela cruzar a linha de fundo de sua própria equipe. 
  • Também se concede um tiro lateral quando a bola tocar o teto ou algum objeto fixo sobre a quadra.
  • O tiro lateral é executado sem o apito dos árbitros, pelo adversário da equipe cujo jogador tocou por último a bola antes dela cruzar a linha ou tocar o teto ou objeto fixo.
  • O tiro lateral é executado do lugar onde a bola cruzou a linha lateral ou; se ela cruzou a linha de fundo, da intersecção entre a linha lateral e a linha de fundo deste mesmo lado. Para o tiro lateral concedido após a bola tocar o teto ou um objeto fixo sobre a quadra, o lançamento será executado do lugar mais próximo, sobre a linha lateral mais próxima em relação ao lugar onde a bola tocou o teto ou objeto fixo. 
  • O executante deve permanecer com um pé em contato com a linha lateral e conservar-se na posição correta até que a bola tenha saído de sua mão. Não há limites para o posicionamento do segundo pé. 
  • Enquanto o tiro lateral esta sendo executado, os adversários não podem aproximar-se a menos de 3 metros do executante.
  • No entanto, isto não se aplica se eles se colocam imediatamente fora de sua linha da área de gol.


O TIRO DE META 

  • Um tiro de meta será concedido quando: 
(I) O goleiro controlou a bola em sua área de gol ou a bola ficou parada no solo dentro da área de gol; (II) um jogador da equipe adversária tocou a bola enquanto ela estava rolando ou estava parada dentro área de gol; 
(III) a bola cruzou a linha de fundo, depois de ter sido tocada por último pelo goleiro ou pelo jogador da equipe adversária.
  • Isto significa que, em todas estas situações, a bola é considerada fora de jogo e que a partida será reiniciada com um tiro de meta se houve uma infração depois que o tiro de meta foi concedido, mas antes que ele tenha sido executado. 
  • O tiro de meta é executado pelo goleiro, sem o apito dos árbitros para fora e por sobre a linha da área de gol. 
  • O tiro de meta é considerado executado quando a bola arremessada pelo goleiro, cruzar completamente a linha da área de gol.
  • Os jogadores da outra equipe estão autorizados a posicionar-se imediatamente do lado de fora da linha da área de gol, mas eles não podem tocar a bola até que ela tenha cruzado completamente esta linha.

O TIRO LIVRE


As decisões para um tiro livre


  • A princípio, os árbitros interrompem o jogo e o reiniciam com um tiro livre para os adversários quando:
a) A equipe em posse de bola comete uma infração nas regras que conduzem a perda de posse da mesma.
b) Os adversários cometem uma violação das regras que cause, para a equipe em posse de bola, sua perda.
  • Os árbitros deveriam permitir a continuidade da partida, evitando interromper prematuramente o jogo para conceder um tiro livre.
  • Isto significa que,  os árbitros não deveriam sinalizar um tiro livre, se a equipe defensora ganhar a posse de bola imediatamente após a equipe atacante cometer uma violação.
  • Similarmente, os árbitros não deveriam intervir até, e ao menos que, esteja claro que a equipe atacante tenha perdido a posse de bola ou esteja impossibilitada de  continuar seu ataque, devido a uma violação cometida pela equipe defensora.
  • Quando ocorrer uma infração nas regras que mereça uma punição disciplinaria, os árbitros podem decidir interromper imediatamente o jogo se é que ao fazê-lo não causem uma desvantagem para a equipe adversária que cometeu a infração. Do contrário, a punição deveria ser postergada até o final da situação de jogo.


A Execução do tiro livre
  • O tiro livre é normalmente executado sem o toque do apito dos árbitros (ver, contudo 15:5b) e, a princípio, do lugar onde a in¬fração ocorreu. Os seguintes casos são exceções a este princípio:
  • O tiro livre será executado depois do apito e, em principio, do lugar onde estava a bola no momento da interrupção. 
  • Se um árbitro ou delegado técnico (da IHF ou de uma Federação Continental/Nacional) interromper o jogo devido a uma infração cometida por um jogador ou oficial da equipe defensora e isto origina uma advertência verbal ou uma sanção disciplinar, então o tiro livre deveria ser executado do lugar em que a bola estava quando a partida foi interrompida, se esta for uma posição mais favorável do que a posição aonde a infração ocorreu.
  • A mesma exceção do parágrafo anterior se aplica se o cronometrista interromper o jogo devido a uma infração.
  • Os tiros livres originados por conta de jogo passivo deverão ser executados do lugar onde a bola se encontrava quando a partida foi interrompida.
  • Apesar dos princípios e procedimentos básicos indicados nos parágrafos precedentes, nunca se pode executar um tiro livre dentro da área de gol da própria equipe ou dentro da linha de tiro livre da equipe adversária. 
  • Em qualquer situação onde a localização da execução indicada em algum dos parágrafos precedentes envolverem algumas das áreas mencionadas, a localização para a execução deve ser transferida para o ponto mais próximo imediatamente no lado de fora da área restrita.
  • Os jogadores da equipe executante não devem tocar nem cruzar a linha de tiro livre da equipe adversária antes que o tiro livre tenha sido executado. 
  • Os árbitros devem corrigir as posições dos jogadores da equipe executante que se encontram entre as linhas de tiro livre e da área de gol antes da execução do tiro livre, se é que a posição incorreta tiver influência no jogo. Após esta correção, o tiro livre deverá ser executado na seqüência de um apito. O mesmo procedimento se aplica se alguns jogadores da equipe executante ingressarem na área restrita durante a execução do tiro livre (antes que a bola tenha saído da mão do executante), sempre e quando a execução do lançamento não foi precedida por um apito.
  • Nos casos onde a execução de um tiro livre tenha sido autorizada mediante um apito, e os jogadores da equipe atacante tocarem ou cruzarem a linha de tiro livre antes que a bola tenha saído da mão do executante, deverá haver um tiro livre favorável para a equipe defensora.
  • Quando um tiro livre estiver sendo executado, os adversários devem manter uma distância de pelo menos 3 metros do executante. Eles podem, no entanto, posicionarem-se imediatamente fora de sua linha de área de gol se o tiro livre estiver sendo executado na sua própria linha de tiro livre. 


O TIRO DE 7 METROS 

As Decisões para um tiro de 7 metros

  • Um tiro de 7 metros é concedido quando:
a) uma clara ocasião de marcar um gol for impedida de forma anti-regulamentar, em qualquer lugar da quadra, por um jogador ou oficial da equipe adversária;
b) houver um apito não justificado no momento de uma clara ocasião de gol;
c) una clara ocasião de gol for impedida através da intervenção de uma pessoa não participante do jogo. Por exemplo, um espectador entra na quadra ou quando fizer deter os jogadores por meio de um apito.
  • A definição de “clara ocasião de marcar um gol”.
  • Se um jogador atacante retém completo controle da bola e do corpo apesar de haver sofrido uma violação, não há razão para assinalar um tiro de 7 m, mesmo se depois disso o jogador perder a oportunidade de utilizar a clara ocasião de marcar um gol.
  • Sempre que houver uma decisão potencial de assinalar um tiro de 7 metros, os árbitros deveriam sempre evitar a intervenção até que eles possam determinar claramente  se assinalar um tiro de 7 metros é devidamente justificada e necessária. Se o jogador atacante converter um gol apesar da intervenção ilegal dos defensores, então não há, obviamente, razão para assinalar o tiro de 7 metros. Contrariamente, se aparentemente o jogador perdeu a bola ou o controle do corpo, exclusivamente por conta da violação, então não existe mais aquela clara ocasião de marcar um gol e conseqüentemente um tiro de 7 metros será assinalado.
  • Os árbitros podem solicitar um time-out quando concederem um tiro de 7 metros, porém, somente quando houver um atraso substancial. Por exemplo, devido a uma substituição de goleiro ou do executante e a decisão de solicitar um time-out estiver alinhada com os princípios e critérios. 


A Execução do tiro de 7 metros

  • O tiro de 7 metros deve ser executado como um arremesso ao gol, dentro dos três segundos após o apito do árbitro.
  • O jogador que está executando o tiro de 7 metros deve posicionar-se atrás da linha de 7 metros, não excedendo um metro desta linha. Depois do apito do árbitro, o executante não deve tocar nem cruzar a linha de 7 metros antes que a bola tenha saído de sua mão.
  • Após a execução do tiro de 7 metros, a bola não deve ser  tocada novamente pelo executante ou por um de seus companheiros, até que ela tenha sido tocada por um adversário ou a baliza.
  • Quando um tiro de 7 metros estiver sendo executado, os companheiros do executante devem posicionar-se fora da linha de tiro livre e permanecer nesta posição até que a bola tenha saído de sua mão. Se eles não cumprirem isto, um tiro livre será assinalado contra a equipe do executante do tiro de 7 metros.
  • Quando se está executando um tiro de 7 metros, os jogadores da equipe adversária devem permanecer fora da linha de tiro livre e, pelo menos, a 3 metros de distância da linha de 7 metros, até que a bola tenha saído da mão do executante. Se eles não cumprirem isso, o tiro de 7 metros será recobrado no caso de não ter resultado em gol, mas não haverá  nenhuma sanção disciplinar.
  • Se o goleiro cruzar a linha de limitação, ou seja, a linha de 4 metros, antes que a bola tenha saído da mão do executante, o tiro de 7 metros deverá ser recobrado nos casos em que o gol não tenha sido marcado. No entanto, nesta ação não se aplicará nenhuma punição ao goleiro.
  • Não é mais permitido trocar goleiros uma vez que o executante está pronto para executar o tiro de 7 metros, parado na posição correta e com a bola na mão. Qualquer tentativa de efetuar uma substituição nesta situação, deverá ser penalizada como atitude anti-desportiva.

AS PUNIÇÕES DISCIPLINARES
 

Advertência



  • Uma advertência é a punição adequada para:
a) ações que devam ser sancionadas progressivamente;
b) atitudes anti-desportivas que devam ser sancionadas progressivamente.
  • O árbitro deverá comunicar a advertência ao jogador ou oficial infrator e ao secretario/cronometrista mostrando um cartão amarelo. 

Exclusão



  • Uma exclusão (2 minutos) é a punição adequada para:
a) uma substituição errada, se um jogador adicional ingressa na quadra ou se um jogador interfere ilegalmente no jogo a partir da zona de substituições;
b) Se o jogador e/ou sua equipe já havia recebido o número máximo de advertências;
c) Por atitude anti-desportiva por parte de um jogador, se o jogador e/ou sua  equipe já havia recebido o número máximo de advertências;
e) por atitude anti-desportiva por parte de um oficial de equipe, se um oficial dessa equipe já havia recebido uma advertência;
f) por atitude anti-desportiva de um jogador ou oficial de equipe;
g) como conseqüência de uma desqualificação de um jogador ou de um oficial de equipe;
h) por atitude anti-desportiva de um jogador cometida antes de que o  jogo tenha sido reiniciado, mas depois de que à ele tenha sido  decretado uma exclusão por 2 minutos;
  • Depois de solicitar um time-out, o árbitro deverá comunicar claramente a exclusão ao jogador infrator e ao secretário/cronometrista, mediante o gesto forma prescrito para tal circunstância, ou seja, um braço levantado com dois dedos estendidos.
  • Uma exclusão será sempre por 2 minutos do tempo de jogo; a terceira exclusão do mesmo jogador também sempre implica sua desqualificação.
  • O jogador excluído não está autorizado a participar do jogo durante o seu tempo de exclusão e a sua equipe não está autorizada a substituí-lo na quadra.  
  • O tempo de exclusão começa quando o jogo for reiniciado por um apito.  
  • Se o tempo de exclusão de um jogador não terminou ao finalizar o primeiro período da partida, o  tempo restante deverá ser transferido para o segundo período. Esta mesma regra se aplica para as situações que vão desde o tempo de jogo regulamentar para as prorrogações e entre os períodos extras. Uma exclusão por 2 minutos que não for cumprida até final das prorrogações, indica que o jogador não estará autorizado a participar no desempate subseqüente, tal como tiros de 7 metros.

Desqualificação

  • Uma desqualificação é a punição adequada para:
a) Por atitude anti-desportiva grave, ou por atitude anti-desportiva extremamente grave cometidas por um jogador ou um oficial de equipe, seja dentro do campo de jogo ou fora dele;
c) por atitude anti-desportiva de qualquer um dos oficiais de equipe, se coletivamente eles já haviam recebido uma advertência e uma exclusão por dois minutos;
d) devido a terceira exclusão de um mesmo jogador;
e) por atitude anti-desportiva significativa ou repetida durante um procedimento de desempate tal como a execução de tiros de 7 metros.
 

  • Depois de solicitar um time-out, os árbitros devem comunicar a desqualificação para o jogador ou oficial infrator e ao secretário/cronometrista segurando ao alto uma cartão vermelho. 
  • A desqualificação de um jogador ou de um oficial será sempre para todo o restante do tempo de jogo. O jogador ou oficial deve abandonar imediatamente a quadra e da área de substituição. Depois de abandoná-la, não se permite ao jogador ou oficial manter nenhuma forma de contacto com a equipe. 
  • A desqualificação de um jogador ou oficial de equipe durante o tempo de jogo seja dentro da quadra ou fora dela, sempre acarreta uma exclusão por 2 minutos para a equipe. Isto significa que o número de seus jogadores na quadra de jogo será reduzido em um. A redução na quadra durará, contudo, 4 minutos se o jogador foi desqualificado.
  • Uma desqualificação reduz o número de jogadores ou oficiais disponíveis para a equipe. A equipe pode, contudo, completar novamente o número de seus jogadores na quadra de jogo quando expirar o tempo da exclusão por 2 minutos.
  • As desqualificações pelos motivos indicados nessas regras devem ser informados por escrito às autoridades competentes para haver uma ação posterior. Em tais casos, tanto o “oficial responsável pela equipe” como o Delegado deverão ser informados imediatamente após a decisão. 


Mais de uma violação na mesma situação
  • Se um jogador ou oficial de equipe cometem, de forma simultânea ou sucessiva, mais de uma violação antes que o jogo tenha sido reiniciado, e estas violações requerem punições diferentes, então, em princípio somente a mais severa destas punições deve ser ministrada.
  • Há, contudo, as seguintes exceções específicas, onde em todos os casos, a equipe deve reduzir a quantidade de seus jogadores na quadra durante 4 minutos:
a) se um jogador recém excluído por 2 minutos cometer uma atitude anti-desportiva antes de ser reiniciado o jogo, deve ser sancionado com uma exclusão por 2 minutos adicional. (Se a exclusão adicional for a terceira individual, então o jogador será desqualificado); 
b) se um jogador recém desqualificado (diretamente ou devido a uma terceira exclusão) cometer uma atitude anti-desportiva antes de ser reiniciado a partida, sua equipe receberá uma punição adicional de tal forma  que a redução durará 4 minutos;
c) se um jogador recém excluído por 2 minutos cometer uma atitude anti-desportiva grave ou extrema antes da partida ser reiniciada, deve ser desqualificado. Estas punições combinadas originarão uma redução durante 4 minutos;
d) se um jogador recém desqualificado (diretamente ou devido a uma terceira exclusão) cometer uma atitude anti-desportiva grave ou extrema antes da partida ser reiniciada, sua equipe receberá uma punição adicional de tal forma que a redução durará 4 minutos.

Infrações durante o tempo de jogo

  • No conceito “tempo de jogo” estão incluídas todos os descansos, os time-outs, os tempos técnicos e os períodos das prorrogações. Em todos os outros procedimentos de desempate (tal como tiros de 7 metros). Neste caso, qualquer forma de atitude anti-desportiva significante ou repetida impede a participação posterior do jogador implicado.

Infrações fora do tempo de jogo

  • As atitudes anti-desportivas, atitudes anti-desportivas graves, atitudes anti-desportivas extremas ou quaisquer formas de ações particularmente imprudentes cometidas por um jogador ou oficial de equipe que aconteçam dentro do recinto onde se está disputando a partida, mas fora do tempo de jogo, deverão ser punidas como se in¬dica a seguir:

  • Antes da partida:
a) uma advertência deve ser ministrada em caso de atitude anti-desportiva;
b) uma desqualificação para o jogador ou oficial culpado será a punição nos casos de ações julgadas, mas a equipe tem permissão de começar com 14 jogadores e 4 oficiais, só tem validade para as infrações ocorridas durante o tempo de jogo. De acordo com isto, essa desqualificação não acarretará uma exclusão por 2 minutos.

  • As sanções disciplinares relacionadas a infrações cometidas antes do começo da partida podem ser implementadas em qualquer momento durante o jogo, sempre que se descubra que a pessoa culpada é um participante na partida, desde que este fato não pôde ser estabelecido ainda no momento do incidente. 

Depois da partida:
   
 
c) Um Relatório escrito.



Historia do Handebol

Contexto Histórico 

Homero, na Odisséia, foi quem primeiro citou o handebol; depois foram os romanos; mas a Alemanha é quem iniciou o jogo como se conhece hoje com o jogo de “Urânia” praticado na antiga Grécia, com uma bola do tamanho de uma maçã, usando as mãos, mas sem balizas. Também os Romanos, segundo Cláudio Galero (130-200 DC), conheciam um jogo praticado com as mãos, “Hasparton”. Mesmo durante a Idade Média, eram os jogos com bola, praticados como lazer por rapazes e moças.
Na França, Rabelais (1494-1533) citava uma espécie de handebol (“esprés jouaiant à balle, à la paume”). Em meados do século passado (1848), o professor dinamarquês Holger Nielsen criou no Instituto de Ortrup um jogo denominado “Haaddbold” determinando suas regras. Na mesma época dos tchecos conheciam jogo semelhante denominado “Hazena”. Fala-se também de um jogo similar na Irlanda, e no “Sallon”, do uruguaio Gualberto Valetta, como precursor do handebol. 
Todavia, o handebol como se joga hoje foi introduzido na última década do século passado, na Alemanha, como “Raftball”. Quem o levou para o campo, em 1912, foi o alemão Hirschmann, então secretário da Federação Internacional de Futebol.
O período da primeira Grande Guerra (1915 a 1918) foi decisivo para o desenvolvimento do esporte, quando o professor de ginástica Berlinense Max Heiser criou um jogo ao ar livre derivado do “Torball” para as operárias da Fábrica Siemens, que teve o campo aumentando para as medidas do futebol quando os homens começaram a praticá-lo. 
Em 1919, o professor alemão Karl Schelenz reformulou o “Torball”, alterando seu nome para “Handball” para o jogo com 11 jogadores. Schelenz levou a modalidade para a Áustria e Suíça, além da Alemanha. Em 1920 o Diretor da Escola de Educação Física da Alemanha tornou a modalidade como desporto oficial. Cinco anos mais tarde, Alemanha e Áustria fizeram o primeiro jogo internacional, com vitória dos austríacos por 6 a 3. 
Na reunião de agosto de 1927 do Comitê de Handebol da IAAF foram adotadas as regras alemãs como as oficiais, motivando que na 25ª sessão do Comitê Olímpico Internacional, realizado no mesmo ano, fosse pedida a inclusão do handebol no programa olímpico. Como crescia o número de países praticantes, o caminho foi a independência da IAAF, o que aconteceu em 4 de agosto de 1928, no Congresso de Amsterdã, quando 11 países escolheram o americano Avery Brudage como membro da Presidência da FIHA.
O COI decidiu, em 1934, que o handebol seria um dos esportes da Olimpíada de Berlim, em 1936, o que realmente aconteceu com a participação de seis dos 26 países então filiados, com a Alemanha vencendo a Áustria no jogo final por 10 a 6, perante cem mil pessoas no Olympia Stadium de Berlim. Dois anos mais tarde, também na Alemanha, foi disputado o primeiro campeonato mundial, tanto no campo (8 participantes) como no salão (4 concorrentes). Tão logo terminou a Guerra Mundial, os dirigentes de handebol reuniram-se em Copenhague e fundaram a atual Federação Internacional, com sede na Suécia, sob a presidência do sueco Costa Bjork. Em 1950, a sede da IHF mudou-se para a Basiléia, na Suíça. Mesmo sem a participação dos alemães, criadores do jogo, os campeonatos mundiais foram reiniciados no campo em 1948 (para homens) e em 1949 (para mulheres). No salão, já com os alemães, os certames foram reiniciados em 1 954.
O handebol vem realizando a cada quatro anos seus campeonatos mundiais e olímpicos, estes desde 1972 no masculino e desde 1976 no feminino. União Soviética, Iugoslávia, Alemanha Oriental e Ocidental, Suécia, Dinamarca, Hungria, Romênia e Espanha são destaques na Europa. Nos outros continentes a Coréia e Japão (Ásia), Argélia e Tunísia (África), Cuba, Estados Unidos e Brasil (América) têm obtido os melhores resultados em ambos os sexos.

Handebol no Brasil

O handebol, até a década de 60, ficou restrito à São Paulo; depois começou a ser praticado em escolas de todo o Brasil.
Em nosso país, o handebol como modalidade de campo foi introduzido em São Paulo por imigrantes, principalmente da colônia alemã, no início da década de 30. O handebol ficou restrito a São Paulo até a década de 60, quando o professor francês Augusto Listello, durante um curso internacional em Santos, apresentou a modalidade a professores de outros estados. Esses professores introduziram o esporte em seus colégios e assim o handebol começou a ser praticado em outros estados. Em 1971, o MEC incluiu o handebol entre as modalidades dos Jogos Estudantis e Jogos Universitários Brasileiros (JEB’s e JUB’s). Com isso, o handebol disseminou-se em todo o território nacional, com vários estados dividindo os títulos nacionais.
Em 1973, a antiga CBD realizou em Niterói o 1º Campeonato Brasileiro Juvenil para ambos os sexos. No ano seguinte, em Fortaleza, iniciou-se a competição para adultos. Em 1980, um ano após a criação da Confederação Brasileira de Handebol, foi disputada a 1ª Taça Brasil de Clubes, na cidade de São Paulo, então sede da entidade.

Handebol nos Jogos Olímpicos

O Handebol do Brasil debutou em Olimpíada na edição de Barcelona (Espanha-1992), com a Seleção Masculina, quando terminou em 12º lugar. Na Olimpíada de Atlanta (Estados Unidos-1996), a Seleção Masculina ficou em 11º. Nas duas edições, o País herdou a vaga após a desistência de Cuba.
A Seleção Feminina fez história e, pela primeira vez, colocou o Brasil em uma Olimpíada por seus próprios méritos. Com o ouro conquistado nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg (Canadá-1999), a equipe se classificou para os Jogos Olímpicos de Sidney (Austrália-2000). A edição foi especial e representou um marco para o handebol brasileiro, já que as meninas alcançaram o oitavo lugar e começaram a despertar atenção no cenário mundial. O reconhecimento internacional pelo trabalho desenvolvido pela CBHb trouxe patrocínios e as atletas passaram a ser convidadas para atuar na Europa.
Em 2004, mais uma vez, o Brasil voltou a carimbar o passaporte para os Jogos Olímpicos, dessa vez nos dois naipes, em Atenas (Grécia-2004). Com muito mais estrutura no plano de preparação, os meninos ficaram em décimo lugar e o feminino terminou em sétimo. Para Pequim (China-2008), a história se repetiu, depois que as Seleções conquistaram, de forma invicta, a classificação nos Jogos Desportivos Pan-Americanos no Rio de Janeiro. Na China, a equipe feminina terminou na nona colocação e a masculina em 11º lugar, com um número maior de participantes.

Na edição de Londres-2012, o Brasil confirmou para o mundo que o handebol do País conquistou seu espaço no cenário internacional. Sob o comando do técnico dinamarquês Morten Soubak, a Seleção Feminina fez história. A medalha não veio, mas a equipe verde e amarela conseguiu se classificar para as eliminatórias após garantir o primeiro lugar na fase de grupos, confirmando a melhor campanha da modalidade na história dos Jogos Olímpicos. Ao final da competição na capital britânica, o Brasil encerrou o torneio em sexto lugar, superando a sétima colocação conquistada em Atenas-2004.